A coalizão governamental que dirige as Filipinas expulsou de seus quadros, nesta quarta-feira, o suposto organizador da chacina de pelo menos 57 pessoas, informou um assessor presidencial.
Segundo a polícia, o principal suspeito do massacre é o prefeito de Datu Unsay (sul), Andal Ampatuan Jr, membro do partido no poder da presidente Gloria Arroyo.
[SAIBAMAIS]Andal Ampatuan Jr é filho do governador da província, um político extremamente poderoso que dispõe de uma milícia privada e que apoiou a presidente nas últimas eleições.
O comitê executivo da coalizão manteve uma reunião de emergência para discutir a reação ao massacre, aprovando por unanimidade a expulsão do suposto organizador do ataque, além de seu pai e de seu irmão, precisou Gabriel Claudio, assessor presidencial para Assuntos Políticos.
A matança, atribuída inicialmente a um ajuste de contas entre clãs rivais, subiu nesta quarta-feira para 57 mortos, depois que 11 corpos foram encontrados perto do povoado de Saniag (Maguindanao, um das províncias da ilha de Mindanao).
"Foi um ato de desumanidade extrema que ofusca toda a nação", afirmou em um comunicado a presidente Gloria Arroyo, que declarou luto nacional nesta quarta-feira.