MANILA - O balanço de vítimas da chacina de segunda-feira na ilha de Mindanao (sul das Filipinas) subiu para 52 nesta quarta-feira (25/11), depois que mais seis corpos foram encontrados, informou a polícia local.
As vítimas, incluindo jornalistas e políticos, foram sequestradas na segunda-feira por homens armados na província de Maguindanao, ilha de Mindanao. A presidente filipina Gloria Arroyo decretou na terça-feira estado de emergência em parte da ilha.
A polícia filipina considera um aliado político da presidente Arroyo como o principal suspeito do massacre, que estaria relacionao às eleições de 2010. "Segundo os primeiros elementos da investigação, os sequestrados e posteriormente assassinados em Saniag foram detidos em um primeiro momento por um grupo liderado pelo prefeito de Datu Unsay", afirmou o porta-voz da polícia nacional, Leonardo Espina.
O prefeito de Datu Unsay é Andal Ampatuan Jnr, membro da coalizão de governo de Arroyo e filho de Andal Ampatuan, líder de um clã muçulmano, três vezes governador de Maguindanao, uma província da ilha de Mindanao, e que sempre apoiou a presidente nas eleições gerais.
O Exército já acusara seguranças do clã Ampatuan como responsáveis pela chacina, mas esta é a primeira vez que a polícia divulga o nome do principal suspeito.
Entre as vítimas do massacre estão a esposa e alguns parentes de Esmael Mangudadatu, um rival político de Ampatuan. Segundo o Exército e pessoas ligadas às vítimas, Ampatuan organizou a chacina para impedir a candidatura de Mangundadatu nas eleições do próximo ano.