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Alan García volta a denunciar espionagem por parte do Chile

O presidente peruano, Alan García, manifestou nesta segunda-feira sua "enérgica e categórica" rejeição aos "atos repulsivos" do Chile, acusado por Lima de espionagem. "Quero expressar (...) minha mais enérgica e categórica rejeição a esta ofensa à soberania do Peru", disse o presidente em Lima, após liderar uma reunião do Conselho Nacional de Segurança para analisar o caso. "Estes atos são repulsivos e não correspondem a um país democrático. Isto deixa muito mal o Chile diante do mundo". Alan García destacou que seu governo não fará do caso "um tema bélico", mas advertiu que o Chile deve dar "as explicações correspondentes". "Estes são atos próprios de uma republiqueta e não de um país democrático" como o Chile. O suboficial da Força Aérea do Peru, Víctor Ariza, foi acusado na sexta-feira passada de espionagem e lavagem de dinheiro. Também foram denunciados outro peruano, cujo nome não foi revelado, e os chilenos Daniel Márquez Torrealba e Víctor Vergara Rojas. Após as declarações de Alan García, o Chile negou enfaticamente seu envolvimento no caso e pediu serenidade a Lima. "O Chile não tem qualquer envolvimento neste caso, não temos qualquer informação que permita vislumbrar a mínima participação chilena" nisto, disse o chanceler Mariano Fernández no palácio presidencial de La Moneda. "Com o objetivo de ter a informação completa, revisamos minuciosamente qualquer possibilidade que pudesse existir e posso garantir (...) que não há instituição do Estado chileno ou funcionário dedicado a este tipo de atividade". As relações entre Peru e Chile estão tensas desde a demanda apresentada por Lima contra Santiago, em janeiro de 2008, na Corte Internacional de Justiça de Haia, sobre uma disputa de limites marítimos no Oceano Pacífico.