SAN SALVADOR - El Salvador aguarda ajuda internacional para atender os milhares de afetados pelo furacão Ida e vai iniciar o cálculo dos danos causados pelas inundações, que mataram pelo menos 124 pessoas e deixaram 7 mil desabrigados.
"Nós salvadorenhos não estamos sozinhos. Tivemos a voz solidária de vários países do mundo e do sistema multilateral. Esta ajuda começará a canalizar imediatamente, pois começam a chegar nesta segunda-feira (9/11) os primeiros carregamentos de ajuda", afirmou o chanceler salvadorenho, Hugo Martínez.
Na noite de domingo, o presidente Mauricio Funes decretou estado de emergência nacional, com o que o governo autoriza o uso de fundos especiais para atender os problemas decorrentes das chuvas, embora a quantia não tenha sido revelada. Por enquanto, nação centro-americana recebeu ofertas de ajuda de países como Cuba, Japão, Panamá, Venezuela e Guatemala, além da União Europeia e da ONU, explicou Martínez.
Enquanto isso, o furacão Ida perdeu força ao deixar o continente e seguir com destino ao Golfo do México nesta segunda-feira. Às 9h GMT (7h de Brasília), Ida estava 460km ao sul-sudeste da foz do rio Mississippi, segundo o Centro Nacional de Furacões (NHC), com sede em Miami. Antes de cair para a categoria 1, com ventos máximos sustentados de 150km/h, Ida também passou pela península mexicana de Yucatán, sem provocar danos consideráveis na infraestrutura do balneário de Cancún.
As autoridades de meteorologia emitiram um alerta de furacão para as costas norte do Golfo do México, de Pascagoula, no estado de Mississippi, até Indian Pass, na Flórida. O centro meteorológico prevê que o fenômeno seguirá perdendo força, mas pode atingir a costa americana ainda como furacão.
Nesta segunda-feira, o chanceler salvadorenho se reunirá com o corpo diplomático credenciado no país para apresentar a situação de emergência e definir os mecanismos de cooperação. O presidente salvadorenho acrescentou que nos próximos dias, com a ajuda de técnicos da Comissão Econômica para a América Latina (Cepal) e das Nações Unidas, o país realizará um estudo sobre os danos e o custo dos mesmos. Segundo os primeiros dados oficiais, 1.570 casas foram danificadas, 168 casas foram destruídas e 1.400 estão em situação de risco.
O presidente Funes disse que as perdas e os danos causados pelas chuvas são a expressão da "vulnerabilidade" do território salvadorenho ante fenômenos naturais. Funes, que deve visitar nesta segunda-feira as zonas atingidas pelas chuvas, também destacou que, por enquanto, é cedo para calcular exatamente as perdas decorrentes das inundações.
Os departamentos mais atingidos são os centrais San Salvador, La Libertad, Cuscatlán, La Paz e o oriental departamento de San Vicente.
Até agora, as mais de 7 mil pessoas que foram evacuadas de zonas afetadas estão em 37 albergues onde a Secretaria de Inclusão Social, dirigida pela primeira-dama da República, Vanda Pignato, distribuiu 17 toneladas de alimentos.