Dezenas de milhares de comunistas, carregando bandeiras vermelhas e retratos de Lenin, se manifestaram neste sábado (07/11) nas principais cidades da Rússia para celebrar o aniversário da revolução russa de 1917, dia que costumava ser feriado até 2005.
Em Moscou, os comunistas marcharam ao longo da avenida Tverskaia, principal artéria da capital, até a estátua de Karl Marx, em frente ao teatro Bolshoi.
O dirigente do movimento radical Frente de Esquerda, Serguei Udaltsov, e uma dezena de seus camaradas foram detidos por tentar organizar uma manifestação não autorizada.
Em São Petersburgo, berço da revolução comunista, cerca de 1.500 pessoas se manifestaram com cartazes que diziam "Abaixo o capitalismo" e "Reformas do governo, morte da Rússia".
No dia 7 de novembro de 1917 (25 de outubro no calendário vigente na época), os bolcheviques tomaram o poder. Em 1922, fundaram a União Soviética, que se dissolveria 70 anos mais tarde, em 1991.
Em 2005, o então presidente russo Vladimir Putin decidiu acabar com as celebrações oficiais do 7 de novembro e substitui-las pela Jornada da Unidade do Povo, no dia 4 de novembro.
A data comemora a libertação da capital da ocupação polonesa, que terminou conduzindo ao poder a dinastia dos Romanov, que reinou até a revolução de 1917.