FORT HOOD - As autoridades americanas investigavam nesta sexta-feira o que levou um major e psiquiatra do Exército a matar 13 pessoas e ferir outras 30 em Fort Hood (Texas), a maior base militar do mundo.
O autor do massacre é o comandante Nidal Malik Hasan, um muçulmano de 39 anos de origem palestina e psiquiatra especializado em estresse pós-traumático, que agiu só e está hospitalizado após ser baleado.
Ao que parece, o ataque ocorreu após o militar ser informado de que seria enviado ao Iraque.
O comandante de Fort Hood, general Bob Cone, disse que não está descartada a hipótese de ato terrorista, mas destacou que "os elementos não apontam nesta direção".
Segundo testemunhas, Hasan gritou em árabe: "Allah Akbar" (Alá é grande) no momento em que abria fogo contra seus colegas de farda, com duas armas automáticas. O general Cone confirmou que "ouviram algo deste tipo".
Um fórum islâmico na Internet qualificou o ataque de operação "jihadista", afirmando que o comandante Hasan "fez a Jihad (guerra santa) e matou não menos que 13 cruzados estrangeiros (...) semeando o terror e o caos nas fileiras do inimigo".
O departamento de Segurança Interna, encarregado da luta contra o terrorismo nos Estados Unidos, estimou que ainda é cedo para se determinar o motivo do ataque e o próprio presidente americano, Barack Obama, pediu que se evite conclusões apressadas.
Um primo do oficial, Nader Hasan, disse que o major "era vítima de assédio" no Exército e que havia contratado um advogado para abandonar a instituição.
"Foi vítima de discriminação por parte de seus colegas do Exército" e que se sentia perseguido por causa de sua "origem do Oriente Médio". "Tinha contratado um advogado militar para tentar resolver o problema. Ele estava disposto a reembolsar o Estado, a fim de deixar o Exército, tinha chegado ao fim de suas possibilidades".
Nader Hasan destacou que o primo é um cidadão americano. "Ele nasceu em Arlington (Virginia) e foi criado nos Estados Unidos. Ele foi a escolas públicas locais e graduou-se na Universidade Virginia Tech".
"Nossa família ama a América. Temos orgulho de nosso país", acrescentou Nader.