ROMA - A proibição de crucifixos nas salas de aula da Itália foi rejeitada nesta quarta-feira pelo chefe de governo Silvio Berlusconi, que a qualificou de "inaceitável".
"Trata-se de uma dessas decisões que fazem duvidar do sentido comum da Europa", declarou Berlusconi, num programa da televisão pública transmitido da cidade de L;Aquila (centro da Itália).
"Estamos num país que não pode deixar de se considerar cristão. Só na região de L;Aquila, há 351 igrejas abaladas pelo terremoto de abril e as pessoas tropeçam em símbolos do cristianismo por todos os lados em menos de 200 metros", comentou.
O governo italiano havia anunciado que vai entrar com um recurso contra a decisão do Tribunal Europeu de Direitos Humanos, que proibiu na terça-feira a exibição do crucifixo nas escolas porque, segundo a sentença, viola o direito de educação das famílias e suas convicções religiosas.