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Eleições locais nos EUA: teste para Obama e os republicanos

NOVA YORK - Eleições locais para governadores, legisladores e prefeitos em várias regiões dos Estados Unidos revelarão nesta terça-feira (3/11) o estado da opinião pública após um ano de governo Barack Obama. Nova Jersey e Virgínia elegem governador; Nova York e Atlanta, prefeito; uma circunscrição do norte do estado de Nova York seu representante no Congresso; e o Maine decide por referendo se rejeita ou não o casamento homossexual. Em 2010, um terço do Senado, toda a Câmara de Representantes e mais de dois terços dos cargos de governador voltarão a ser colocados em jogo nas urnas durante as eleições da metade do mandato, cruciais para o governo de Barack Obama. A jornada eleitoral desta terça-feira, na qual predominam os temas locais como a segunda reeleição do prefeito de Nova York Michael Bloomberg, também representam um barômetro político geral no final deste ano. Os democratas observarão atentamente o desempenho de seus candidatos Jon Corzine e Creigh Deeds, em Nova Jersey e na Virgínia respectivamente. O governador Corzine, ativamente apoiado por Obama, está em uma disputa acirrada, segundo as pesquisas, com o republicano Chris Christie, que ameaça a fortaleza democrata de Nova Jersey (leste). Mais ao sul, Creigh Deeds enfrenta na Virgínia o republicano Bob McDonnel, que, segundo as pesquisas tem grandes chances de vencer, a ponto de Obama ter enviado uma carta neste final de semana a mais de 300.000 eleitores. No norte do estado de Nova York, o que está em jogo vai além de uma vaga no Congresso. Para os republicanos, esta eleição é um teste para definir se devem apostar em uma estratégia conservadora ou mais moderada. O democrata favorito Bill Owens enfrenta um "outsider" do Partido Conservador, Douglas Hoffman, apoiado pela ala direita dos republicanos. Segundo uma pesquisa da rede de notícias CNN, apenas 36% dos norte-americanos têm atualmente uma imagem favorável dos republicanos. Mas a popularidade de Obama, segundo uma sondagem do instituto Gallup da semana passada, caiu de 62% para 51% entre seu segundo e terceiro trimestre na Casa Branca. Os republicanos poderão capitalizar eleitoralmente a crise econômica, o desemprego e o atoleiro da guerra no Afeganistão e, por isso, os democratas estarão mais atentos ao que acontecer em Nova Jersey e na Virgínia.