No total, 58% dos franceses fazem um balanço "negativo" da gestão de seu presidente, Nicolas Sarkozy, enquanto 38% a consideram "positiva", segundo uma pesquisa do instituto LH2 divulgado nesta segunda-feira no site NouvelObs.com.
[SAIBAMAIS]Apenas 6% a consideram "muito positiva"; 32%, "positiva" contra 36% que a taxam de "bastante negativa" e 22% que a qualificam de "muito negativa"; 4% não se pronunciaram.
Sarkozy chegará, no dia 6 de novembro, à metade de seu mandato presidencial. Ouvidas sobre as intenções de voto, se Sarkozy se candidatasse a um segundo mandato nas eleições presidenciais de 2012, 30% das pessoas afirmam que votariam nele (12%, certamente e 18% provavelmente).
Em troca, 60% não votariam em Sarkozy (15% provavelmente não e 45%, certamente não); 10% não se pronunciaram.
No final de outubro, a taxa de popularidade do presidente francês era "positiva" para 41% das pessoas ouvidas (3 pontos a menos que em setembro) e "negativa" para 53%; 6% não se pronunciaram.
A pesquisa do LH2 foi efetuada entre 23 e 24 de outubro por telefone, com mostra de 1.006 pessoas.
Paralelamente, o governo francês se prepara para o lançamento de um "grande debate sobre a identidade nacional" que vem sendo considerado pela esquerda uma "perigosa" manobra eleitoreira do presidente Nicolas Sarkozy.
"Quero um grande debate sobre os valores da identidade nacional, sobre o que significa ser francês hoje em dia", afirmou domingo o ministro francês da Imigração, Eric Besson.
O "grande debate" começará no dia 2 de novembre nas 100 capitais de departamento.
"É necessário reafirmar esses valores", disse Besson para quem "seria muito bom que os jovens franceses tenham oportunidade, pelo menos uma vez por ano, de cantar a Marselhesa".
Neste contexto, uma lei sobre a proibição da burca promete retornar ao cenário político francês nas próximas semanas, quando for anunciada as conclusões de missão parlamentar.
Sarkozy havia afirmado, em junho, que a burca - o véu que envolve o corpo, inclusive a cabeça tendo, na altura dos olhos, dispositivo que permite que a mulher veja sem que seja vista, usado sobretudo no Afeganistão - "não será bem-vinda na República francesa" pois, no seu entender "não é um sinal religiosa, é um sinal de servidão".
A identidade nacional, tema predileto da ultradireita, que Sarkozy defendeu em sua campanha, reaparece quando o índice de popularidade do presidente se apresenta em queda.