Um tribunal de Paris condenou o Estado francês a pagar 5 mil euros ao bilionário egípcio Mohamed Al-Fayed por ter adiado uma investigação relacionada à morte de seu filho Dodi Al-Fayed e da princesa Diana de Gales em 1997 em Paris, segundo veredicto consultado nesta sexta-feira (23/10) pela AFP.
[SAIBAMAIS]Mohamed Al-Fayed, que reclamava um milhão de euros, se associou em 2002 a uma ação que questionava as conclusões da investigação francesa sobre a morte da princesa e Dodi Al-Fayed.
Segundo esta investigação, o acidente de automóvel que causou a morte foi provocado pelo estado de embriaguez do motorista, Henri Paul, que estava dirigindo em alta velocidade para fugir dos fotógrafos que seguiam a princesa.
A ação foi apresentada pelos pais de Henri Paul, que alegaram que o filho não era acóolatra e que as análises feitas com o sangue não eram do motorista.
Em 2007, Mohamed Al-Fayed processou o Estado francês por denegação de justiça.
Em um veredicto pronunciado na quarta-feira, o tribunal afirma que houve, na realidade, mau funcionamento da justiça, o que teve por efeito adiar sem motivo legítimo em quase dois anos o procedimento da instrução.
Portanto, declarou o Estado francês parcialmente responsável de "indeferimento de justiça" e condenou-o a pagar 5.000 euros ao queixoso por danos morais.