TEERÃ - Cem deputados iranianos entraram com um processo na justiça contra o líder da oposição Mir Hossein Moussavi, alegando que sua atitude depois da eleição presidencial de 12 de junho prejudicou a reputação do regime islâmico, anunciou nesta terça-feira (20/10) a agência oficial Irna.
Ainda de acordo com a agência, o sociólogo iraniano-americano Kian Tajbaksh, preso durante os distúrbios que se seguiram à votação, foi condenado "a mais de 12 anos de prisão", sinal de que as autoridades ainda mantêm forte pressão sobre a oposição.
Sobre Moussavi, principal adversário político do presidente ultraconservador Mahmud Ahmadinejad nas eleições de junho, o deputado de Teerã Hamid Rasaie disse que "seus comunicados e ações afetaram a reputação do regime islâmico e causaram danos a bens públicos e privados".
O processo, assinado por 100 deputados, foi entregue ao procurador geral do país, Gholamhosein Mohseni Ejeie, segundo a mesma fonte. "Nós tínhamos a esperança de que Moussavi mudasse de atitude, mas constatamos que ele continua em suas atividades", explicou Hamid Rasaie.
Por outro lado, a Irna indicou que cerca de 50 mil iranianos também apresentaram queixas contra Moussavi.
"O crescente número de demandantes contra Mir Hossein Moussavi mostra que a nação iraniana está encolerizada com o comportamento deste último, e quer que ele seja julgado", afirmou Amir Taher Hosein Jan, dirigente do recém-criado "Movimento popular contra aqueles que escapam da lei".