TEERÃ - O comandante da Guarda Revolucionária do Irã, a tropa de elite do país, afirmou nesta segunda-feira (19/10) que Teerã vai exigir que o Paquistão entregue o líder rebelde Abdolmalek Righi, o homem por trás do atentado de domingo que deixou 41 mortos no país.
[SAIBAMAIS]O general Mohammad Ali Jafari afirmou que uma delegação iraniana vai viajar ao Paquistão para entregar "provas para que eles saibam que a República Islâmica está a par do suporte deles (Paquistão) ao grupo liderado por Rigi". "Hoje recebemos uma nova prova do serviço de inteligência do país que demonstra que o abominável grupo de Abdolmalek Righi tem uma relação direta com os serviços de inteligência americano, britânico e, infelizmente, paquistanês", declarou Jafari, segundo a agência ISNA. "A delegação vai demandar que ele (Righi) seja entregue", completou o general que comanda o exército ideológico do regime iraniano.
Righi é o líder do grupo rebelde sunita Jundallah, que reivindicou o atentado de domingo no distrito de Pishin, província do Sistão-Baluchistão, na fronteira sudoeste do país com o Paquistão.
Mais mortes
O procurador-geral de Zahedan, Mohammad Marzieh, anunciou um novo balanço do atentado, com 41 mortos. Zahedan é a capital da província de Sistão-Baluchistão, local do ataque.
O ataque matou sete comandantes da Guarda Revolucionária, exército ideológico do regime, incluindo o general Nur Ali Shushtari - auxiliar do comandante do exército terrestre deste corpo - e o general Rajab Ali Mohammad Zadeh, comandante provincial.
O grupo Jundallah ("soldados de Deus") intensificou as ações armadas nos últimos anos no Sistão-Baluchistão. Teerã também acusou Washington e Londres de treinar os rebeldes do Jundallah.