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Segurança é reforçada em Honduras em mais um dia de negociação

O policiamento foi reforçado, nesta sexta-feira (16/10), em frente ao Hotel Clarión, onde ocorrem as reuniões de negociação entre os representantes do presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, e do governo golpista. Até há poucos momentos, as duas partes ainda não haviam chegado a um acordo. Elas estão reunidos desde o começo da manhã para examinar propostas que podem ou não levar ao fim do impasse político criado com o golpe de Estado que tirou Zelaya do poder, em 28 de junho último. [SAIBAMAIS]A uma quadra do hotel, um grupo de 150 pessoas da Frente Nacional de Resistência, a favor de Zelaya, está sendo vigiado pela polícia e pelo Exército hondurenho, que obedecem ordens dos golpistas. O coordenador do movimento, Juan Barahuna, disse à Agência Brasil que, dependendo do resultado das negociações de hoje, orientará os hondurenhos a boicotar as eleições previstas para o dia 29 de novembro. "Queremos que os hondurenhos não votem e estamos dispostos a tomar qualquer ação para impedir esta eleição fraudulenta", enfatizou Barahuna. Agora há pouco, chegou ao hotel uma das filhas de Manuel Zelaya, Xiomara Zelaya, 24 anos. Ela disse que seu pai, abrigado na Embaixada do Brasil em Honduras desde o dia 21 de setembro, está bem e confiante em que as negociações avancem. O esquema de policiamento em frente à embaixada continua bastante reforçado. Se deixar o prédio da embaixada, Zelaya corre o risco de ser preso imediatamente pelos militadores, que o sequestraram e o levaram para fora de Honduras em 28 de junho, quando o governo golpista liderado por Roberto Micheletti assumiu o comando do país.