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Sexto atentado em 12 dias deixa 11 mortos no Paquistão

PESHAWAR - Pelo menos 11 pessoas morreram nesta sexta-feira (16/10) em um duplo atentado suicida contra um prédio policial em Peshawar, noroeste do Paquistão, em mais um de uma série de violentos ataques reivindicados ou atribuídos aos talibãs ligados à rede terrorista Al-Qaeda. [SAIBAMAIS]O ataque é o sexto em 12 dias no país, incluindo atentados contra um quartel-general do Exército perto de Islamabad e três prédios da polícia em Lahore, leste do país. A onda de violência provocou pelo menos 176 mortes. As forças de segurança informaram que um dos terroristas desta sexta-feira era uma mulher. "A polícia tentou deter uma mulher que acompanhava um terrorista em uma moto, mas ela detonou a bomba que transportava", afirmou Liaqat Ali Khan, chefe de polícia de Peshawar, a capital da Província do Noroeste, que tem 2,5 milhões de habitantes. "Logo depois, outro terrorista detonou seu carro-bomba", completou. Esta é a segunda vez que uma mulher é utilizada como 'homem-bomba' no Paquistão em mais de dois anos. "Contamos 11 corpos e 13 feridos no hospital", disse Mohammad Gul, oficial de polícia de Peshawar, que revelou que muitas vítimas são detentos da prisão localizada no prédio atacado. Imagens exibidas pelos canais de televisão mostravam um grande edifício completamente destruído e a presença de ambulâncias retirando os corpos e os feridos. Na quinta-feira, homens armados com fuzis, metralhadoras e granadas, além de coletes repletos de explosivos, atacaram de forma quase simultânea, em Lahore, a sede da Agência Central de Investigações (FIA, a polícia criminal), uma academia da polícia e o centro de treinamento das unidades policiais, com saldo de 28 mortos (16 oficiais, três civis e nove terroristas). No mesmo dia, um atentado com carro-bomba contra uma delegacia de Kohat, noroeste do país, matou 11 pessoas, oito delas civis. Outro carro-bomba matou uma criança de cinco anos em um bairro residencial de funcionários do governo em Peshawar. Os ataques não foram reivindicados, mas são muito similares aos cometidos pelos talibãs, que mataram quase 2.300 pessoas em todo o país desde julho de 2007. O Movimento dos Talibãs do Paquistão (TTP), que reivindicou a maioria dos atentados, prometeu vingar a morte do líder e fundador do TTP, Baitullah Mehsud, em 5 de agosto, por um dos mísseis que os aviões sem piloto americanos disparam regularmente contra as zonas tribais do país.