DAMASCO - O movimento radical Hamas, no poder na Faixa de Gaza, e outros grupos palestinos baseados na Síria se recusam a assinar o acordo de reconciliação interpalestino proposto pelo Egito.
"As facções palestinas não assinarão o acordo se não incluir os princípios e direitos palestinos, especialmente o da luta contra a ocupação sionista", afirmou Khaled Abdel Makid, líder da Frente de Luta Palestina (FLP) e porta-voz das organizações palestinas baseadas em Damasco.
"O acordo deve incluir o tema de Jerusalém e os perigos da 'judaização' e da agressão permanente que ameaçam a cidade sagrada, além do direito ao retorno dos refugiados palestinos a suas casas", completou Abdel Majid.
Na quarta-feira, Azzam Al Ahmad, alto dirigente do Fatah, partido do presidente da Autoridade Palestina, Mahmud Abbas, afirmou que viajaria ao Cairo nesta quinta-feira para entregar aos mediadores egípcios o acordo de reconciliação assinado por seu movimento.
O acordo deveria ser assinado no dia 26 de outubro no Cairo, mas o Hamas pediu o adiamento porque Abbas aceitou a mudança da data da votação sobre o relatório Goldstone no Conselho de Direitos Humanos da ONU.
O informe Goldstone acusa Israel de "crimes de guerra" na ofensiva contra Gaza em dezembro de 2008 e janeiro de 2009.