O neto do ditador soviético Josef Stalin perdeu nesta terça-feira um processo por "ofensa" aberto contra o jornal opositor russo Novaia Gazeta, ao qual acusava de ter difamado o avô.
O tribunal de Moscou que examinava o caso desde meados de setembro rejeitou a demanda de Evgueni Djugachvili, informou a agência de notícias Ria Novosti, precisando que o veredicto será publicado posteriormente.
Ao ser anunciada a decisão, uma parte do público presente na sala de audiências aplaudiu, enquanto outras pessoas gritaram "vergonha", segundo a agência.
Djugachvili reclamava da Novaia Gazeta 10 milhões de rublos (230.000 euros) por perdas e danos, depois da publicação de uma matéria sobre Stalin, em abril passado. Nesse artigo, o jornalista Anatoli Iablokov dizia que Stalin teria assinado pessoalmente as ordens de execução de cidadãos soviéticos e de vários milhares de presos poloneses abatidos pelo NKVD (antigo KGB, serviço secreto da extinta URSS) em Katyn (Rússia) em 1940.
Stalin sucedeu a Lênin, tornando-se o segundo líder da União Soviética; ocupou a Secretaria Geral do Partido Comunista do país de 1922 até sua morte, em 1953.