Primeiro ex-presidente do país a ser julgado por corrupção, Calderón deve ter sua carreira política liquidada com a decisão.
O juiz Alejandro López McAdam, que leu a sentença contra Calderón, presidente entre 1990 e 1994, negou o pedido da promotoria para que o político fosse imediatamente detido, enquanto corre o processo de apelação.
O tribunal também condenou, a penas diversas, outros sete acusados de receber suborno na compra de cerca de 40 milhões de dólares em equipamento médico pela Caixa Costa-Riquenha de Previdência Social, que administra os hospitais públicos.
A transação foi realizada com a companhia finlandesa Instrumentarium Medko Medical.
A Promotoria pediu uma pena de 24 anos de prisão para Calderón, líder do opositor Partido Unidade Social Cristã, que planejava concorrer à presidência nas eleições de fevereiro de 2010.
O ex-presidente da Caixa de Previdência Social, Eliseo Vargas, também foi condenado a cinco anos de prisão.
Calderón, que ficou preso durante cinco meses em 2004, quando explodiu o escândalo, foi julgado com outras sete pessoas, sendo três ex-funcionários públicos, três ex-diretores de uma empresa costa-riquenha que intermediou o negócio e um advogado.