A Frente de Resistência contra o Golpe de Estado em Honduras acertou neste domingo continuar com as manifestações de protesto contra o regime de fato, desafiando o decreto governamental que restringiu as garantias individuais.
Cerca de 300 membros da organização se reuniram num centro sindical para reafirmar a disposição de continuar com as manifestações que realizam desde 28 de junho, quando um golpe de Estado depôs o presidente Manuel Zelaya.
[SAIBAMAIS]O governante, refugiado na embaixada brasileira, dirigiu uma mensagem por telefone (divulgada através de um alto-falante) aos participantes da reunião, pedindo que se mantenham firmes na luta por sua restituição ao poder.
"A 99 dias do cruel golpe de Estado que fez esta nação retroceder 40 anos, aqui estamos, companheiros, firmes, firme contra a opressão", afirmou Zelaya.
"Nestes cem dias de resistência que serão completados amanhã os convidados que pacificamente se manifestem em protesto contra o cancelamento do canal 36 e da rádio Globo. Vamos continuar gritando nossas verdades até que tenham outra vez no ar os meios de oposição ao golpe", acrescentou.
O coordenador da Frente, Juan Barahona, afirmou que o grupo não ficará em casa, mesmo com o decreto que os proibe de sair às ruas, e avisou que haverá uma manifestação nesta segunda-feira, diante da embaixada dos Estados Unidos.