O prazo de duas semanas para que Teerã permita investigações em sua nova instalação nuclear "não está gravado na pedra", disse nesta sexta-feira o departamento americano de Estado, em referência às declarações da véspera do presidente Barack Obama.
"Não acredito que seja um prazo imperativo. Dissemos claramente que a questão é urgente, mas não acredito que isto (o limite de duas semanas) esteja gravado na pedra", declarou o porta-voz Ian Kelly.
"Não é um limite extremo", mas "esperamos, realmente, que isto ocorra nas próximas duas semanas", destacou Kelly, lembrando que Mohamed ElBaradei, diretor geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), chegará ao Irã no próximo sábado.
Kelly disse que a República Islâmica já "aceitou o princípio" de abrir sua nova instalação à AIEA, além de exportar urânio pouco enriquecido a outros países para concluir lá o processo de enriquecimento.
Na véspera, Obama destacou que ao aceitar "cooperar plena e imediatamente" com a AIEA, o Irã deve "acatar o prazo de duas semanas para o acesso, sem condições, dos inspectores da AIEA".