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China comemora 60 anos de domínio comunista

Sob um intenso esquema de segurança, a China comemora amanhã o 60; aniversário da ascenção do regime comunista no país.

A nação vai celebrar, também, seu status de nova potência mundial no âmbito militar e a estabilidade econômica conquistada depois da crise financeira. Para as festividades, tanques de guerra e policiais foram espalhados por Pequim, capital chinesa, a fim de evitar protestos. Além disso, os cidadãos foram estimulados a denunciar "pessoas ou atos suspeitos".

Na primeira parada em dez anos do Exército Popular de Libertação (ELP), 150 aviões militares sobrevoarão a Praça da Paz Celestial, onde serão exibidos 52 tipos de equipamentos militares totalmente chineses, como os cinco novos tipos de mísseis, dentre os quais há mísses balísticos intercontinentais.

O tradicional desfile de veículos militares, soldados, trabalhadores e membros do Partido Comunista ; no poder desde 1949 ;está previsto para ocorrer na Avenida Chang;An, a principal via de Pequim.

O primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, pediu ontem, durante a recepção oficial do aniversário da República Popular da China, "unidade" entre as diferentes etnias e "estabilidade" nos setores econômico e social do país.

Ainda no evento, que contou com mais de 4 mil convidados, Wen afirmou que essas serão as bases para que a nação se desenvolva a ponto de superar o Japão e se tornar a segunda potência mundial nos próximos anos. "Prosseguiremos com a continuidade de nossas políticas macroeconômicas, alcançando estabilidade com um desenvolvimento relativamente rápido", garantiu o premiê.

A República Popular da China foi fundada em 1; de outubro de 1949, quando os líderes Mao Tsé-tung e Deng Xiaoping, do Partido Comunista, tomaram o poder e instituíram a Revolução Comunista no país. Desde então, apesar do aumento dos conflitos sociais e étnicos, o país conquistou grandes avanços nos setores econômico, diplomático e militar ; principalmente depois de 1978, quando Deng implementou reformas políticas para adotar uma economia de mercado.

O primeiro-ministro chinês acredita que os líderes comunistas foram essenciais para que a nação obtivesse melhorias significativas em âmbio nacional. "Sob orientação do pensamento de Mao Tsé-tung, a teoria de Deng Xiaoping e o pensamento baseado nas três representatividades, o povo chinês consegue encontrar um caminho de modernização com estilo socialista, que corresponde à real situação do povo", destaca.