O acidente com os dois caças Rafale da Marinha francesa não terá reflexos para o processo de análise dos caças que a Força Aérea Brasileira (FAB) planeja comprar para a modernização de sua frota, disse nesta sexta-feira (25/9) o ministro da Defesa, Nelson Jobim.
[SAIBAMAIS]"Isso não interfere absolutamente em nada. Isso [a escolha da melhor proposta] é uma avaliação que tem que ser feita pela FAB dentro do prazo [para que as concorrentes entregue suas propostas de venda] que termina no dia 2 de outubro", afirmou.
A questão do acidentes com os caças franceses, que participavam de manobras esta semana no Mar Mediterrâneo, é normal, declarou o ministro, que participou da cerimônia de entregue de um dos dois aviões da Embraer que vão servir à Presidência da República.
Jobim disse ainda não haver qualquer motivo que justifique uma nova alteração do prazo para que as empresas interessadas apresentem suas propostas de venda dos caças à FAB.
O ministro voltou a manifestar predileção pelo modelo francês. "A disposição política do Brasil é no sentido se ter negociações com a França, porque com eles nós já temos uma parceria estratégica [na área militar]. O desejo do governo é que possamos continuar e, inclusive, estender essa parceria. Agora, é evidente que tem que haver as condições que terão que ser cumpridas pela Dassault [empresa francesa fabricante do caça Rafale]", afirmou Jobim, assegurando que o nome da empresa vencedora da concorrência só será conhecido após 2 de outubro.