O presidente Barack Obama, que nesta sexta-feira denunciou a política nuclear do Irã, concordou com seu colega Luiz Inácio Lula da Silva que não se pode isolar esse país.
Obama e Lula abordaram a questão um breve encontro antes da sessão matinal da cúpula do G20 em Pittsburgh, indicou o embaixador brasileiro em Washington, Antonio de Aguiar Patriota.
Obama comunicou a Lula sua preocupação quanto à construção de uma nova usina de enriquecimento de urânio na república islâmica, mas "concordou com o presidente Lula que não é produtivo isolar o Irã", indicou Patriota.
O presidente iraniano Mahmud Ahmadinejad deve visitar o Brasil em novembro e Obama comentou que "parece bom que o Brasil dialogue com o Irã", segundo o diplomata brasileiro, falando à imprensa.
O assessor de Lula para assuntos externos, Marco Aurélio Garcia, afirmou, por sua vez, que se as denúncias se revelarem certas, o Brasil condenará o Irã, mas mesmo assim não vai "se unir àqueles que querem encurralar o Irã".
"Já sabemos o que resulta da política de encurralamento: resulta o Paquistão ou a Coreia do Norte", dois países que têm armas nucleares