A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) solicitou nesta quarta-feira ao regime de fato hondurenho uma visita com caráter de urgência para examinar as denúncias de violações dos Direitos Humanos após o retorno do presidente deposto Manuel Zelaya.
[SAIBAMAIS]"A CIDH recebeu informações sobre episódios de violência e sobre a reinstauração do toque de recolher em desrespeito à vigência dos Direitos Humanos em Honduras", indicou no documento, ao qual AFP teve acesso.
"Em consequência disso, a CIDH decidiu solicitar a realização de uma visita a Honduras de forma urgente, com o objetivo de verificar a vigência dos Direitos Humanos", acrescentou.
A carta foi enviada ao "Presidente do Congresso Nacional e ao Presidente da Suprema Corte de Justiça" hondurenha, ante a impossibilidade de enviá-la ao próprio Zelaya, refugiado na embaixada brasileira.
A CIDH estabeleceu medidas cautelares em favor do presidente hondurenho, que também se estenderam a sua família, aos membros de seu gabinete e aos funcionários da embaixada do Brasil, segundo informou em um comunicado.
A CIDH pediu ao regime de fato que esclareça nas próximas 48 horas se houve feridos, mortos ou detidos durante os distúrbios após o retorno de Zelaya, assim como a indicação da base constitucional para instaurar o toque de recolher.
Segundo ativistas de Direitos Humanos, centenas de pessoas foram detidas nas últimas 48 horas em Honduras.