Tegucigalpa - O presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, afirmou nesta quarta-feira que a ajuda dos demais países da América Central foi crucial para sua viagem de volta a Tegucigalpa, mas não entrou em detalhes sobre o trajeto percorrido nem mencionou se contou com a colaboração da Venezuela.
"Os países que mais me ajudaram são os da América Central, mas não vou dar detalhes", declarou Zelaya a jornalistas na embaixada brasileira em Tegucigalpa, onde está refugiado desde segunda-feira.
[SAIBAMAIS]"Os países da América Central cooperaram comigo de forma sincera. Não vou entrar em detalhes para não comprometer as pessoas e os grupos que nos ajudaram nesta viagem", explicou.
"Não sou uma pessoa tão jovem para empreender tal périplo, mas me arrisquei mesmo assim", gabou-se Zelaya.
"Vários países de fora (da região centro-americana) também me ajudaram", admitiu o presidente deposto, citando o Brasil, o México e o Chile, mas não a Venezuela.
No entanto, ressaltou que "o povo hondurenho deve agradecer a (o presidente venezuelano) Hugo Chávez" pela ajuda proporcionada através de PetroCaribe e da Alternativa Bolivariana para as Américas (ALBA), à qual Honduras aderiu em 2008 por decisão de Zelaya.
O dirigente não revelou a partir de que país entrou em Honduras, mas o presidente de El Salvador, Mauricio Funes, admitiu que Zelaya esteve em San Salvador na noite de domingo.