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Falta comida no refúgio brasileiro de Zelaya em Honduras

Tegucigalpa - Os serviços de energia elétrica e água potável funcionavam normalmente nesta quarta-feira na embaixada brasileira em Honduras, refúgio do presidente deposto Manuel Zelaya, mas persistem as dificuldades para se conseguir alimentos, informou um seguidor do mandatário. Também continuavam as dificuldades para conseguir material de higiene pessoal para os cerca de cem seguidores de Zelaya que permanecem na legação, que desde terça-feira está cercada por tropas leais ao governo de fato. [SAIBAMAIS]"Estamos em condições desumanas pelas dificuldades para a passagem de alimentos" do exterior para a embaixada, disse o escritor hondurenho Milton Benítez à AFP. "Neste momento comemos um pouco de pão com manteiga, alguns de nós não conseguiram, mas as mulheres puderam comer", acrescentou Benítez, que permanece na embaixada desde segunda-feira, quando Zelaya retornou de surpresa ao país e se refugiou na sede diplomática. "Estamos com a mesma roupa, sem conseguir tomar banho, sem pasta de dente", explicou o escritor socialista, que relatou que cerca de 200 pessoas deixaram nesta quarta-feira a embaixada, mas que outras cem permaneciam. Na terça-feira o regime de fato cortou o fornecimento de eletricidade e água, mas restabeleceu os serviços por causa das críticas da comunidade internacional.