A diretora geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Margaret Chan, afirmou nesta segunda-feira que o vírus da gripe A (H1N1) não sofreu mutações para formas mais fatais e que o processo de vacinação está bem encaminhado.
"O vírus pode sofrer mutação a qualquer momento. Mas de abril até agora, podemos ver pelas informações fornecidas pelos laboratórios de todo o mundo que o vírus é muito parecido (a sua forma original)", declarou a diretora da OMS em Hong Kong.
[SAIBAMAIS]Margaret Chan destacou ainda que as vacinas contra a gripe A produzidas em massa eran muito eficazes e que na melhor das hipóteses o número de doses produzida no mundo seria de três bilhões.
Ao mesmo tempo, a China iniciou nesta segunda-feira o programa de vacinação contra a gripe H1N1 em Pequim, imunizando estudantes que devem participar na próxima semana nas festividades do Dia Nacional.
"Em 21 de setembro, Pequim se antecipou na China ao iniciar a vacinação contra a gripe H1N1", afirma um comunicado da secretaria de Saúde da capital.
O ministério da Saúde pretende vacinar 65 milhões de pessoas, 5% da população chinesa (1,3 bilhão), até o fim do ano.
Para a diretora da OMS o principal desafio na luta contra a pandemia é garantir um número de vacinas suficientes para os países em desenvolvimento.
"Os resultados dos primeiros testes clínicos mostram que apenas uma dose de vacina basta. Se isto se confirmar, permitirá duplicar o número de vacinas disponíveis", explicou.
"Mas a verdadeira questão é se isto terá por resultado uma distribuição mais equitativa das vacinas. Garanto a vocês que vou estudar esta possibilidade sob diferentes ângulos".
Na semana passada, a OMS anunciou que a produção anual de vacinas contra a gripe H1N1 seria inferior ao previsto e ficaria bem abaixo das 4,9 bilhões de doses.
No domingo, o diretor regional da organização, Shin Young-soo, afirmou que a OMS e a ONU tentam arrecadar um bilhão de dólares para ajudar os países com mais necessidade de adquirir vacinas.
Margaret Chan, ex-ministra da Saúde de Hong Kong, também sugeriu medidas menos drásticas contra a pandemia e a concentração dos recursos a favor dos enfermos.
Somente os pacientes que apresentam grande risco, como as pessoas mais velhas, os os obesos e as afetadas por doenças crônicas podem ser fortemente afetados pelo vírus, destacou.