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Uribe aceita libertação de dois reféns das Farc

O presidente colombiano, Alvaro Uribe, aceitou neste sábado pela primeira vez o princípio de uma libertação unilateral de dois militares sequestrados pelas Farc, mas pediu ao movimento guerrilheiro garantias sobre a libertação de seus 22 outros reféns ditos políticos.

"O Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) e a Igreja católica supervisionarão as libertações unilaterais sugeridas pelas Farc", disse o governo em comunicado lido pelo alto comissário para a paz, Frank Pearl.

O texto ainda confirma que Uribe autoriza a senadora da oposição Piedad Cordoba a participar da operação.

Nos últimos meses, as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) ofereceram a libertação unilateral de dois militares, entre os quais o cabo Pablo Emilio Moncayo, sequestrado há 11 anos, sob a condição de que Cordoba participe da operação.

Num primeiro momento, Uribe recusou a participação da senadora, antes de voltar atrás no início de julho. Ele exigiu, porém, que os 24 reféns políticos das Farc sejam libertados juntos, de maneira unilateral.

No comunicado, o governo colombiano destaca que pedirá ao CICV e à Igreja "garantias das Farc sobre a libertação de todo o grupo (de reféns políticos) e a entrega dos corpos das pessoas assassinadas ou mortas em cativeiro".