O recém-eleito primeiro-ministro do Japão, Yukio Hatoyama, pretende aproveitar as cúpulas da ONU e do G20 na próxima semana para definir as novas posições da diplomacia japonesa sob seu governo, em sua primeira oportunidade de atuar na cena global.
"Dizem que a diplomacia japonesa era realmente fraca nas negociações multilaterais", declarou Hatoyama, cujo Partido Democrata do Japão (PDJ, centro-esquerda) venceu as últimas eleições legislativas.
"Não pretendemos ter esta reputação durante o mandato do PDJ", acrescentou. A chegada de Hatoyama ao poder põe fim a mais de 50 anos de governo dos conservadores, que fizeram do alinhamento com os Estados Unidos a base da diplomacia japonesa.
Na segunda-feira, Hatoyama e seu ministro das Relações Exteriores Katsuya Okada irão aos Estados Unidos para uma série de reuniões, que representam para o novo líder japonês uma excelente oportunidade para a promoção de suas políticas, segundo analistas.À margem destes fóruns, Hatoyama terá um encontro bilateral com o presidente americano, Barack Obama.
O PDJ defende a revisão das condições da presença dos Estados Unidos em território japonês, onde estão mobilizados 47.000 soldados. "Quero construir uma relação de confiança com Obama", destacou Hatoyama, que também deve se encontrar com o presidente chinês, Hu Jintao.