As pesquisas de opinião realizadas com as populações constituem bons indicadores dos riscos de atentados, segundo um estudo publicado nesta quinta-feira nos Estados Unidos.
Pesquisadores americanos analisaram enquetes realizadas em 19 países do Oriente Médio e da África do Norte sobre o grau de aprovação das populações em relação a dirigentes estrangeiros.
Eles compararam os resultados destas investigações com o número de atentados cometidos por cidadãos ou movimentos oriundos destes países contra os Estados Unidos, a Grã-Bretanha, a Rússia, a Alemanha, a França, o Canadá, o Japão, a China e a Índia.
Os pesquisadores descobriram que um aumento de 20% do grau de reprovação dos dirigentes de um país estrangeiro acarreta um risco ampliado em 93% do número de atentados procedentes do país onde foi realizado o estudo.
A pesquisa foi publicada pelo jornal Science.
"Uma maior reprovação dos dirigentes e da política de um país estrangeiro podem provocar mais atentados terroristas por pelo menos dois motivos: primeiro, pode elevar o número de pessoas que fornecem apoio material e incentivos às células terroristas, e segundo, pode aumentar o número de pessoas dispostas a se juntar a movimentos terroristas e a perpetrar atentados", explicou Alan Krueger, professor da Universidade de Princeton e principal autor do estudo.
A pesquisa avaliou sondagens realizadas em 2006 e 2007 pelo instituto Gallup nos seguintes países: Afeganistão, Argélia, Chipre, Egito, Irã, Israel, Jordânia, Kuwait, Líbano, Mauritânia, Marrocos, Paquistão, Arábia Saudita, Sudão, Tunísia, Turquia, Emirados Árabes, Iêmen e territórios palestinos.