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Nova chacina em centro para dependentes químicos no México deixa 10 mortos

Dez pessoas foram executadas na noite de terça-feira por um comando armado que invadiu um centro de reabilitação para dependentes químicos em Ciudad Juárez (norte), a cidade mais violenta do México, no segundo massacre desse tipo ocorrido este mês no México, informou a polícia local. "O atentado em que perderam a vida dez pessoas foi realizado no albergue Anexo da Vida AC, um centro de reabilitação em Ciudad Juárez", informou uma fonte da secretaria de Segurança Pública Municipal (SSPM), que pediu o anonimato. O ataque é o sexto este ano contra centros de reabilitação para dependentes químicos em Ciudad Juárez. De acordo com versões da polícia e da imprensa local, estes locais são utilizados por traficantes de drogas para se esconder de quadrilhas rivais e da polícia. Homens armados chegaram ao centro às 22H50 locais de terça-feira, quando os internos do albergue "haviam acabado de terminar suas orações", e fuzilaram as pessoas que encontraram pela frente, matando pelo menos dez delas e ferindo com gravidade outras duas. Alguns dos internos já tinham ido dormir, outros assistiam à televisão, quando foram surpreendidos pelos invasores, "que começaram a disparar pela clínica, matando 10 pessoas e ferindo duas gravemente", indicou a fonte policial. Sobreviventes do massacre contaram à polícia que ouviram disparos, "mas pensaram que era o barulho de fogos de artifício (...). Quando se deram conta de que eram tiros, fugiram do local pulando os muros", acrescentou a fonte. A mais brutal destas matanças foi cometida há apenas duas semanas, quando quatro homens encapuzados entraram em uma clínica de reabilitação localizada no centro de Ciudad Juárez, colocaram 18 pessoas contra uma parede e as fuzilaram com pelo menos 100 disparos. As autoridades atribuem a onda de violência neste distrito a um conflito entre os cartéis de Juárez e Sinaloa pelo controle das estradas por onde são transportadas drogas para os Estados Unidos e para o mercado local. Outras 17 pessoas foram assassinadas entre terça e quarta-feira na cidade, cinco delas fuziladas em um bar e outras cinco em um lava-rápido para carros, informaram a SSPM e a Subprocuradoria de Justiça do Estado de Chihuahua. Segundo um cálculo da AFP com dados da polícia, mais de 1.200 homicídios foram registrados em 2009 em Ciudad Juárez, apesar da presença de 8.500 militares. A cidade, de 1,3 milhão de habitantes, fica na fronteira com El Paso (EUA). O governo mexicano mobilizou 48.750 militares em vários territórios do país para enfrentar os cartéis da droga, aos quais atribui a autoria de 14.000 assassinatos desde que o presidente Felipe Calderón chegou ao poder, em dezembro de 2006.