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Cinco mortos nos protestos contra ataques com seringas na China

Cinco pessoas morreram nos protestos registrados nesta sexta-feira (4/09) contra uma série de ataques com seringas na cidade chinesa de Urumqi, a capital da região majoritariamente muçulmana de Xinjiang (noroeste), informaram as autoridades.

A polícia dispersou com bombas de gás lacrimogêneo uma nova manifestação no centro da cidade, que tem quase dois milhões de habitantes e que, em julho, registrou graves confrontos entre os hans (maioria étnica na China) e os uigures (muçulmanos de língua turca), nos quais morreram 197 pessoas.

Quase mil manifestantes hans enfrentaram a polícia na manhã de sexta-feira, antes da dispersão.

A polícia determinou uma amplo esquema de segurança nos bairros de Urumqi nesta sexta-feira, um dia depois dos protestos de milhares de hans, que exigiam mais proteção, após uma série de ataques misteriosos com seringas.

As autoridades anunciaram na quinta-feira a detenção de 21 pessoas vinculadas aos ataques.

Segundo divulgou a TV chinesa no início do semana, mais de 470 pessoas foram vítimas de agressões com seringas na região de Xinjiang desde 20 de agosto.

Segundo a Nova China, nenhuma das vítimas das picadas foi infectada por doença alguma. No entanto, as autoridades não sabem ainda o que as seringas contêm e fontes médicas afirmam que não há nada dentro delas.

Algumas vítimas interrogadas acreditam que os agressores usam seringas em seus ataques porque estas são mais fáceis de transportar do que pedaços de pau ou armas, num momento em que a segurança foi consideravelmente reforçada depois dos distúrbios de julho.