Uma cerimônia de recordação reuniu dirigentes poloneses, diplomatas e ex-combatentes nesta terça-feira (1/09) às 4h45 locais (23h45 de Brasília, segunda-feira), o horário exato em que foram disparados os primeiros tiros de canhão que marcaram o início da Segunda Guerra Mundial em Westerplatte, perto de Gdansk.
"Estamos aqui para recordar quem foi o agressor e quais foram as vítimas nesta guerra, já que sem uma memória honesta, nem a Europa, nem a Polônia, nem o mundo poderiam viver em segurança", declarou o primeiro-ministro polonês Donald Tusk.
Em 1; de setembro de 1939, ao amanhecer, o encouraçado Schleswig-Holstein abriu fogo contra a base polonesa de Westerplatte, onde 180 combatentes resistiram durante uma semana a 3.500 soldados alemães.
O presidente polonês, Lech Kaczynski, recordou que em 17 de setembro de 1939 "a Rússia bolchevique cravou um punhal nas costas da Polônia", ao ocupar seus territórios do leste após o pacto de não agressão Alemanha-URSS de Molotov-Ribbentrop.
"Na Polônia, a ocupação foi marcada pelo Holocausto dos judeus, assim como pelo massacre de oficiais poloneses em Katyn executado pela polícia política de Stalin", explicou Kaczynski.
A principal cerimônia de 70 anos do início da guerra, que matou quase 50 milhões de pessoas no mundo, reunirá ao meio-dia quase 20 chefes de Governo, entre eles a chanceler alemã, Angela Merkel, e o primeiro-ministro russo, Vladimir Putin.