O ministério britânico das Relações Exteriores negou nesta sexta-feira a versão de que a libertação do terrorista líbio condenado pelo atentado de Lockerbie, Abdelbaset Ali Al Megrahie, foi negociada em meio a acordos comerciais com Trípoli.
Londres reagiu assim às declarações de Seif Al Islam, filho do líder líbio, Muamar Kadafi, de que Megrahi foi solto como parte de acordos comerciais com a Grã-Bretanha envolvendo a exploração de petróleo e gás.
"Não há acordo. Todas as decisões relacionadas a Megrahi foram, exclusivamente, dos ministros da Escócia" e das autoridades políticas e judiciais escocesas, afirmou a chancelaria britânica.
"Não houve qualquer acordo entre o governo britânico e a Líbia em relação a Megrahi, especialmente envolvendo interesses comerciais".
O ministro das Relações Exteriores britânico, David Miliband, se indignou hoje com os rumores de que seu governo pretendia a libertação de Megrahi para melhorar suas relações comerciais com a Líbia, que tem importantes reservas de petróleo.
"Isto é um insulto, a minha pessoa e ao governo britânico".