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Executivo do UBS condenado a 3 anos e quatro meses de prisão nos EUA

WASHINGTON - Um cidadão americano que trabalhava para o banco suíço UBS foi condenado nesta sexta-feira (21/8) a 3 anos e quatro meses de prisão por ter ajudado clientes americanos a fraudar a receita federal, anunciou o departamento da Justiça.

Bradley Birkenfeld se declarou culpado de conspirar para fraudar o fisco dos Estados Unidos em 19 de junho de 2008. A confissão do informante permitiu ao governo americano estabelecer as provas para o multimilionário caso de evasão fiscal contra o UBS, o maior banco suíço.

Esta semana os Estados Unidos e o UBS chegaram a um acordo através do qual o banco suíço vai liberar o acesso aos dados de 4.500 clientes americanos para as autoridades de Washington. Este acordo encerra o procedimento iniciado em fevereiro pelo ministério da Justiça americano para obter a identidade de 52.000 americanos titulares de contas no UBS na Suíça.

Segundo responsáveis do fisco, os que quiserem participar deste programa voluntário de divulgação dos fatos evitarão assim perseguições penais e obterão uma multa mais leve.

De acordo com um comunicado do IRS, o acordo fornece ao fisco americano um nível de informação sem precedente sobre os cidadãos americanos titulares de contas no UBS.

Este caso começou como um simples assunto entre uma empresa e a Receita Federal acabou virando um problema de Estado. O UBS tentou resolver seu problema com a Receita americana aceitando pagar 780 milhões de dólares em multas e entregar os nomes de centenas de clientes, pois, segundo a imprensa americana, o grupo preferia pagar uma pesada multa a renunciar de vez ao segredo de suas contas. O banco suíço afirmava que não podia revelar as informações porque representaria uma violação da lei suíça sobre sigilo bancário.