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Brasil e Venezuela fecham acordos de cooperação elétrica e industrial

Brasil e Venezuela firmaram nesta quinta-feira (20/8) oito acordos para aprofundar a cooperação bilateral nas áreas de desenvolvimento industrial e geração de energia, ao final do encontro de dois dias entre empresários brasileiros e funcionários venezuelanos.

"Para nós, a pátria é a América do Sul, e cada país tem um papel importante a desempenhar para dar forma a este sonho (...). Esta pátria (sul-americana) será uma potência mundial", disse o presidente venezuelano, Hugo Chávez, durante a assinatura dos acordos.

Entre os textos firmados está uma avaliação de sete projetos de fábricas "socialistas" que a Venezuela pretende montar com tecnologia brasileira, a um custo total de 1,2 bilhão de dólares.

O ministro brasileiro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, assinou um memorando de entendimento para fortalecer o comércio bilateral. "Não podemos avançar na América Latina sem criarmos realmente uma integração", destacou Miguel Jorge, que pediu uma maior aproximação entre as regiões amazônicas dos dois países.

Também foram firmadas cartas de intenção entre a estatal venezuelana Corpoelec e empresas brasileiras para a avaliação de projetos destinados a melhorar o parque elétrico venezuelano, com transferência de tecnologia brasileira. "Vamos nos juntar para disparar nosso potencial", disse Chávez aos empresários brasileiros.

Nos últimos dois dias, cerca de 80 empresários brasileiros se reuniram com seus pares venezuelanos em Caracas para discutir projetos de integração industrial.

O Brasil é um dos sócios que o governo venezuelano pretende utilizar para substituir as importações procedentes da Colômbia, cujo acordo militar com os Estados Unidos levou ao congelamento das relações entre Caracas e Bogotá.