A iniciativa anunciada pelo governo israelense de congelar temporariamente a expansão dos assentamentos na Cisjordânia foi elogiada pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, em declaração feita ao lado do líder egípcio, Hosni Mubarak, em Washington. A questão das colônias era o principal ponto de divergência entre EUA e Israel, aliados históricos no Oriente Médio. "Houve um movimento na direção certa e eu, desde o início venho dizendo que todos os lados envolvidos precisam dar passos concretos para reiniciar as negociações e resolver este conflito que não é bom para os israelenses e não é bom para os seus vizinhos", afirmou Obama na Casa Branca.
A decisão do governo israelense foi anunciada pelo ministro da Habitação, Ariel Atias. "Desde o estabelecimento do governo, há cinco meses, nenhuma aprovação foi feita para Judeia e Samaria", disse, referindo-se aos convites do governo para licitação na construção de novos assentamentos na Cisjordânia. Segundo o ministro, o governo israelense está "em compasso de espera". "É uma tentativa, acredito, para alcançar um entendimento com o governo norte-americano e um acordo de paz", acrescentou.
Obama e Netanyahu estavam, até agora, em lados opostos na questão dos assentamentos. O presidente e a secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, pressionam para que a expansão das colônias, construídas em áreas reivindicadas pelos palestinos para um futuro Estado, seja congelada. Israel se recusava, argumentando que era parte de um crescimento natural e havia sido acordada com o governo do ex-presidente dos EUA George W. Bush.
Ontem, no encontro com Mubarak, Obama afirmou também que espera ver um "avanço não apenas entre os israelenses, mas também dos palestinos em temas como o incitamento à violência contra Israel e a segurança". Os países árabes, segundo Obama, precisam demonstrar vontade de trabalhar com Israel.