JERUSALÉM - A organização Human Rights Watch (HRW) denunciou nesta sexta-feira (14/8) uma "guerra de propaganda" por parte de Israel para desacreditar os depoimentos que a ONG ouviu sobre a morte de civis palestinos durante a ofensiva israelense de dezembro e janeiro na Faixa de Gaza.
"Ao invés de abordar seriamente as informações coletadas por organismos de defesa dos direitos humanos em Gaza, o governo israelense lançou contra eles uma guerra de propaganda", afirma em um comunicado Iain Levin, diretor de programa da HRW. "Se o governo israelense quer calar as críticas, deveria investigar seriamente os erros cometidos pelo Exército e punir os mesmos", completou.
A HRW acusa o Exército israelense de ter matado 11 civis palestinos que agitavam bandeiras brancas durante a ofensiva.
Um relatório de 63 páginas, elaborado a partir de depoimentos e de exames médicos e balísticos, indica que os soldados israelenses mataram em sete incidentes separados 11 civis palestinos e feriram pelo menos oito que agitavam bandeiras brancas.
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e o Exército de Israel questionaram a credibilidade do informe e da própria organização.