TEGUCIGALPA - O presidente interino de Honduras, Roberto Micheletti, afirmou nesta quinta-feira (13/8) que o secretário-geral da OEA, José Miguel Insulza, não é bem-vindo a seu país. "Nós já enviamos uma carta a este organismo e a ele, pessoalmente, para informar que não venha. Ele não deve vir a este país para impor qualquer coisa, não precisa vir a este país, mesmo que esteja convidado", disse Micheletti.
Insulza "liderou a expulsão de Honduras da OEA, então, para nós, não é bem-vindo a este país, a menos que venha como turista para gastar os dólares que ganha na OEA".
As declarações de Micheletti ocorrem horas após uma reunião entre representantes de seu governo e Insulza, em Washington, para discutir o envio de uma missão de ministros de Relações Exteriores a Tegucigalpa.
O secretário-geral da OEA recebeu na sua residência os representantes de Honduras que participaram das negociações na Costa Rica entre o governo de fato e o presidente deposto, Manuel Zelaya.
A Organização dos Estados Americanos (OEA) decidiu enviar o grupo de chanceleres para insistir em uma solução diplomática à crise desencadeada após o golpe de 28 de junho, mas a viagem foi adiada após o governo interino rejeitar a presença do Insulza.
Posteriormente, o governo interino aceitou a presença de Insulza como "observador". A missão será integrada pelos chanceleres de Argentina, México, Canadá, Costa Rica, República Dominicana e Jamaica.