Os incêndios florestais vão se tornar cada vez mais intensos e devastadores devido às alterações climáticas, inclusive na Amazônia, advertiu nesta quinta-feira a sessão espanhola da ONG Greenpeace.
As alterações climáticas provocarão "uma nova geração de incêndios que têm consequências sociais e econômicas desconhecidas", disse o especialista em Florestas da organização, Miguel Soto.
A Espanha, Itália, França e Grécia estão entre os países mais afetados pelos incêndios florestais, em julho, impulsionados pelas altas temperaturas e ventos fortes.
Os incêndios aumentarão não apenas no sul da Europa, mas também em áreas da Amazônia e da floresta boreal, disse a organização.
"Os incêndios estão se tornando mais intensos na Espanha, no sul da Europa e em outras regiões semi-áridas, como a Califórnia (Estados Unidos) e a Austrália", disse Soto, ao apresentar um relatório da Greenpeace sobre este fenômeno.
"Com modelos climáticos que prevêem mais ondas de calor nos próximos anos, estamos próximos de uma emergência global", acrescentou.
Segundo a Greenpeace, ondas de calor e a crescente seca provocadas pelas alterações climáticas, combinadas com o abandono do campo e a falta de manutenção das florestas, podem criar "incêndios cada vez maiores e fora de controle".
Estes incêndios alimentam um "círculo vicioso" que contribui para o aquecimento global. "As florestas são grandes reservatórios de carbono e, quando queimadas, liberam enormes quantidades de gases de efeito estufa na atmosfera", observou a organização.
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