LIUKUAI - O governo de Tapei, acusado de não ajudar os afetados pela passagem do tufão Morakot, que deixou mais de 100 mortos, decidiu nesta quinta-feira (13/8) enviar mais tropas para participar do resgate de pessoas isoladas pelas avalanches de lama e lodo.
[SAIBAMAIS]Cerca de 4 mil soldados extras foram enviados às regiões afetadas, elevando para 38 mil o número de militares que participam das tarefas de socorro desde de que Taiwan foi atingida, no final de semana passado, pelo tufão mais mortal dos últimos 50 anos. O balanço aumentou nesta quinta-feira para 108 mortos e pode continuar aumentando.
Helicópteros rastreiam as regiões do sul e centro da ilha, jogando comida e medicamentos aos povoados isolados do resto do mundo e resgatando sobreviventes da chuva persistente.
Cerca de 14 mil pessoas foram resgatadas por helicópteros desde a passagem do tufão, que provocou precipitações de 3 mil mm (3m) de água, enquanto sobreviventes e políticos denunciaram a falta de esforços do governo para ajudar os taiwaneses. Dezenas de povoados ficaram totalmente isolados após a lama arrastar estradas e pontes.
A polícia e os militares tiveram que dispensar os habitantes que ficaram sem notícias de seus familiares e que haviam procurado uma central de socorro para tentar embarcar nos helicópteros que seguiam para zonas atingidas.
O presidente taiwanês, Ma Ying-jeou, criticado pela sua má condução da situação, foi repreendido por dezenas de sobreviventes do tufão durante uma visita que fez ao condado de Yunlin. "O governo demorou a reagir e não foi eficiente", afirma o jornal Apple Daily, em editorial que retoma as criticas da imprensa e da população.
Acusado de não pedir ajuda internacional, o dirigente disse que Estados Unidos, Japão e Cingapura haviam enviado doações, e enfatizou que a ajuda de outros países era bem-vinda.