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Incêndios na Argentina deixam pelo menos 2 mortos e 30.000 hectares destruídos

Dois bombeiros mortos, dezenas de moradores evacuados e pelo menos 30.000 hectares de floresta nativa e pastos queimados são o saldo dos incêndios florestais que há duas semanas castigam zonas serranas do centro e centro-oeste da Argentina, informou nesta quarta-feira uma fonte policial. O sargento do Corpo de Bombeiros Julio Panello, de 40 anos, morreu nesta quarta-feira na província de San Luis (centro-oeste) após sofrer uma parada cardíaca quando combatia um dos vários focos de incêndio. Panello é o segundo bombeiro a morrer nas duas semanas de combate às chamas, que atingiram San Luis e a província vizinha de Córdoba (centro). Na última quarta-feira, o chefe dos Bomberos Voluntários de San Luis, Carlos Balduz, morreu ao receber uma descarga elétrica quando tentava apagar o fogo. Nesta quarta, um incêndio ameaçava a residência do governador de San Luis, Alberto Rodríguez Saá, na cidade de El Durazno. Os aviões hidrantes não puderam ser utilizados devido aos fortes ventos na região, que chegavam a 80 km/h. Até o momento, pelo menos 16 focos foram registrados na província de Córdoba, o maior deles na cidade de Achiras, 270 km a sudoeste da capital provincial, informou Marcelo Colombatti, diretor do Plano Provincial de Combate ao Fogo. Segundo Colombatti, toda a população de Achiras está sem luz desde que o fogo causou uma pane na rede elétrica. Um homem de 61 anos, cuja identidade não foi revelada, foi preso em Córdoba acusado de ter provocado um foco de incêndio, informou o delegado Norberto Álvarez.