A Organização dos Estados Americanos (OEA) se reunirá na terça-feira em Washington para discutir as condições impostas, pelo governo de fato de Honduras, a visita da missão de ministros de Relações Exteriores, que tem como objetivo facilitar uma solução para a crise criada após o golpe de Estado, informou nesta segunda-feira uma declaração da organização.
A missão é formada pelos chanceleres da Argentina, México, Canadá, Costa Rica, República Dominicana e Jamaica, e deve chegar na terça-feira em Tegucigalpa. Contudo, o atual governo de Honduras criticou a presença do secretário-geral da OEA, José Miguel Insulza, aceitando sua presença depois, na condição de "observador".
"Infelizmente, a intransigência de Insulza de incluir-se na missão e de excluir os chanceleres de estados membros que votaram pela suspensão, mas que têm uma atitude de abertura para reconsiderar nosso caso, tornou impossível essa visita na data prevista", afirma um comunicado da chancelaria hondurenha.
A OEA suspendeu Honduras do organismo no dia 4 de julho depois do golpe de Estado contra o presidente Manuel Zelaya, em meio à pressão internacional que enfrenta o regime de fato para que permita a volta do presidente deposto.
Mas, de acordo com o comunicado, o governo de fato de Roberto Micheletti continuaria disposto a considerar uma nova data para a visita da missão de chanceleres, sem a participação de Insulza.