Três bombas de pequena potência explodiram em áreas comerciais da ilha de Palma de Mallorca, no arquipélago de Baleares, sem causar vítimas.
Essas explosões, que foram comunicadas anteriormente às autoridades por meio de uma ligação anônima, constituem o terceiro atentado atribuído ao grupo armado separatista basco ETA nos últimos 15 dias.
Fontes do governo regional basco informaram que a ligação telefônica avisando sobre as bombas foi feita à companhia de taxis basca, a Rádio-Taxi Donostia.
O aviso permitiu uma rápida mobilização policial, que isolou uma grande área do passeio marítimo onde se encontrava localizada a pizzaria La Rigoletta, onde foi registrada a primeira explosão. A bomba se encontrava numa mochila deixada no banheiro feminino do estabelecimento.
Segundo a agência Europa Press, o artefato era de pequena potência e não deixou feridos.
O comunicado indicava um total de três artefatos em diferentes estabelecimentos hoteleiros, e que deveriam explodir entre as 14H00 e as 18H00 locais (12H00 e 16H00 GMT).
Pouco depois, a explosão do segundo artefato ocorreu no restaurante-bar Enco, próximo à pizzaria, sob controle dos especialistas em explosivos da polícia local.
A terceira explosão também foi executada sob controle de especialistas e aconteceu em Plaza Mayor, outra área comercial de Mallorca.
O ETA, que completou recentemente 50 anos de existência, reivindicou na madrugada deste domingo o atentado em que morreram dois guardas civis em 30 de julho na mesma ilha, no dia seguinte a um atentado que deixou 64 feridos em Burgos, norte espanhol.
Fontes antiterroristas citadas pela imprensa espanhola suspeitam que as ações tenham sido cometidas pelo mesmo comando.
"Tudo indica que há um comando do ETA em Mallorca", declarou o procurador do Tribunal Superior de Justiça das Baleares, Bartomeu Barcelo, citado pela imprensa.
Por essa ação, a organização clandestina, classificada como terrorista pela União Europeia, mostrou que sempre esteve presente na ilha, e que estava operacional, mesmo que as bombas tenha sido de pequena potência.
O governo socialista de José Luis Rodriguez Zapatero declarou em várias oportunidades que não negociaria com o ETA e que a organização, que sofreu várias baixas importantes nos últimos meses, seria derrotada pela ação das forças de segurança e pela justiça.
Os três atentados em Mallorca representam também golpes contra a indústria turística, essencial para a economia espanhola, já enfraquecida pela crise econômica.
Vários estrangeiros visitam o arquipélago. Em 2008, eles foram 10 milhões, sendo 4 milhões de alemães e 3,4 milhões de britânicos.
Mallorca se encontra em pleno apogeu turístico e também é habitual local de veraneio da família real espanhola, onde se encontra atualmente.