O ex-presidente americano Bill Clinton anunciou nesta quinta-feira um novo acordo com a indústria farmacêutica para facilitar o acesso da população mais pobre ao tratamento contra a Aids.
"Graças ao trabalho da iniciativa sobre a HIV/Aids de minha fundação, duas milhões de pessoas que vivem com HIV/Aids têm agora acesso a tratamentos para salvarem suas vidas", disse Clinton.
No entanto, acrescentou, "sua sobrevivência depende de um acesso initerrupto a medicamentos y tratamiento de buena calidad y accesible durante el resto de sus vidas".
O acordo anunciado nesta quinta-feira busca exatamente facilitar o acesso a este tipo de tratamento permanente para pacientes que sofrem de HIV e tuberculose.
Conforme o acordo, o laboratório Mylan barateará o acesso a quatro drogas - atazanavir (ATV), ritonavir (RTV), tenofovir (TDF) e lamivudina (3TC) - para pacientes que desenvolveram resistência a um primeiro tratamento.
Estes quatro remédios são vendidos na forma de três pílulas, que devem ser tomadas uma vez por dia e atualmente custam 475 dólares por ano. O laboratório os venderá por 425 dólares a partir de 2010.
A proposta será acessível para os países membros da iniciativa Clinton na África, Ásia, América Latina e Caribe.
Por outro lado, o laboratório Pfizer aceitou baratear o rifabutin, medicamento utilizado para tratar a tuberculose em pacientes que recebem tratamento anti-retroviral de segunda linha.
A Pfizer aceitou reduzir o preço em 60% por dose de 150 miligramos - o que significa um custo de 90 dólares por um tratamento de seis meses. A tuberculose é a principal causa de morte dos pacientes com Aids no terceiro mundo.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de um terço das pessoas com HIV também está infectada com tuberculose, resultando em 450.000 mortes em 2007.