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Dono de hipermercado incendiado no Paraguai pega 12 anos de prisão

ASSUNÇÃO - A Suprema Corte de Justiça do Paraguai confirmou a condenação a 12 anos de prisão do proprietário do hipermercado onde aconteceu uma das piores tragédias da história recente do país sul-americano, com 400 mortos e 700 feridos em um gigantesco incêndio ocorrido em 2004, anunciou nesta quinta-feira (6/8) uma fonte judicial. Em fevereiro de 2008, Juan Pio Paiva foi considerado culpado de homicídio involuntário por ter ordenado o fechamento das portas do estabelecimento na hora do incêndio para impedir os fregueses de sair sem pagar. Porém, a pena foi revogada poucos meses depois por falta de provas. Sábado passado, por ocasião do quinto aniversário da tragédia, centenas de sobreviventes e parentes de vítimas se reuniram para pedir à justiça que não arquive o caso. A Suprema Corte também condenou a dez anos de detenção Victor Daniel, filho e sócio de Juan Pio Paiva. O responsável pela segurança, Daniel Areco, foi condenado a cinco anos de prisão e o administrador do hipermercado, Humberto Casaccia, pegou dois anos e meio. Na manhã desta quinta-feira, dezenas de sobreviventes e parentes de vítimas foram ao palácio de justiça para exigir a detenção imediata dos condenados, que foram deixados em liberdade. O drama ocorreu no dia 1 de agosto de 2004, quando 2.000 pessoas estavam no hipermercado.