O presidente da Colômbia, Alvaro Uribe, continuou nesta quarta-feira (5/8) no Chile, na Argentina e no Paraguai sua viagem pela América Latina para explicar o acordo militar que está sendo negociado por Bogotá e Washington e que preocupa vários países sul-americanos.
[SAIBAMAIS]A Bolívia, o segundo país visitado por Uribe na noite de terça-feira, expressou de forma contundente sua preocupação com a eventual disponibilização pela Colômbia de sete bases militares ao exército americano para a condução de operações antidrogas.
"Não aceitamos militares americanos na Bolívia, e desejamos que esta rejeição sejha unânime na América Latina", declarou o presidente boliviano, Evo Morales, depois de sua reunião com Uribe.
Os presidentes da Venezuela, Hugo Chávez, do Equador, Rafael Correa, e da Nicarágua, Daniel Ortega, também denunciaram o acordo.
O Brasil e o Chile têm uma posição mais moderada, mas também expressaram preocupação, e pediram uma reunião do Conselho de Defesa Sul-Americano no fim deste mês.
Entretanto, o ministro chileno das Relações Exteriores, Mariano Fernandez, declarou nesta quarta-feira que "é preciso respeitar as decisões soberanas de cada país".
"Diversos países mantêm acordos com outros países nos âmbitos estratégico e militar, e acreditamos que não se deve mencionar um caso em particular sem examinar a situação em sua totalidade", acrescentou.
A Venezuela assinou no mês passado um acordo para reforçar sua cooperação militar com a Rússia, e propôs em março disponibilizar bases aéreas em seu território para os caças-bombardeiros russos.
No Brasil, o general da reserva Jim Jones, conselheiro em segurança nacional do presidente americano Barack Obama, defendeu nesta quarta-feira o acordo com os colombianos, garantindo que não esconde "segredo algum".