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Há 10 mil pessoas desaparecidas na China em Urumqi, denuncia dissidente

A líder da dissidência uigur no exílio denunciou nesta quarta-feira (29/7), em Tóquio, que cerca de dez mil pessoas desapareceram em Urumqi em uma noite e se mostrou perplexa e decepcionada com a atitude dos Estados Unidos depois dos distúrbios étnicos do início de julho na China. [SAIBAMAIS]"Dez mil pessoas desapareceram em Urumqi em uma noite. Para onde foram? Se morreram, onde estão os corpos?", questionou Rebiya Kadeer durante coletiva de imprensa, em seu segundo dia de visita ao Japão. Em 5 de julho passado, violentos distúrbios explodiram entre os uigures muçulmanos e os hans, etnia majoritária na China, em Urumqi, capital da região autônomo chinesa de Xianjiang, no noroeste. "A resposta dos Estados Unidos é algo distante. Estou perplexa e decepcionada", afirmou. "Quero acreditar que os Estados Unidos não continuarão impassíveis. Que responderão de forma adequada". Kadeer chegou nesta terça a Tóquio para uma visita de cinco dias condenada por Pequim, que a acusa de ter fomentado os distúrbios interétnicos. A disidente, que dirige o Congresso Mundial Uigur, com sede em Munique, Alemanha, chegou em Tóquio proveniente de Washington, onde vive desde que iniciou seu exílio da China, em 2005. O ministério chinês das Relações Exteriores expressou sua "viva desaprovação" quanto a esta visita. Pequim acusa o Congresso Mundial Uigur de ter incentivado os distúrbios de 5 de julho em Urumqi, capital de Xinjiang, região autônoma muçulmana do oeste da China.