QUITO - Os principais sindicatos do Equador, com o apoio de universitários, iniciaram nesta terça-feira (28/7) uma jornada de três dias de protestos, após romper sua aliança com o presidente Rafael Correa por divergências trabalhistas, informou um de seus dirigentes.
"Começou hoje um dia nacional de resistência, com a participação de diversos setores sociais. Estamos fartos da política trabalhista do governo, temos capacidade de reação", disse Eduardo Valdez.
Entretanto, o governo respeitará o protesto "sempre e quando não recorrer à violência, ao mesmo tempo em que mantém aberto o diálogo", segundo o ministro da Política, Ricardo Patiño.
As mobilizações de funcionários públicos e privados começaram nesta terça-feira em Quinto e devem seguir até quinta-feira com passeatas de estudantes universitários e da União Nacional de Educadores (UNE, que reúne 115.000 professores do Estado) em várias cidades, destacou Valdez.
Segundo ele, esta paralisação será um termômetro para analisar a possibilidade de uma greve nacional, a primeira que Correa enfrentaria desde que assumiu o poder em janeiro de 2007.
Os trabalhadores rejeitam um decreto que regula a contratação coletiva, elimina cargos hereditários, os fundos complementares de aposentadoria, a jornada inferior a oito horas diárias e o pagamento de bônus por anos de serviço. Por sua vez, a UNE se opõe à avaliação exigida pelo governo, que prevê a destituição dos professores que perdem as provas após receber capacitação.