TEERÃ - O Illiuchin-62 que sofreu um acidente sexta-feira (24/7) ao tentar aterrissar no aeroporto de Mashhad, no nordeste do Irã, provocando a morte de 16 pessoas, se apresentou para o pouso em uma velocidade alta demais, declarou neste sábado o diretor interino da Aviação Civil iraniana (ICAO), Mohammad Ali Ilkhani.
"Este avião deveria ter pousado numa velocidade máxima de 165 milhas/hora (260 km/h), mas pousou a 200 milhas/hora (320 km/h), afirmou Ilkhani à TV pública. A licença da companhia iraniana Aria Airlines, envolvida no acidente, foi cassada, destacou.
O vice-ministro dos Transportes, Ahmad Majidi, ressaltou na sexta-feira que o avião, um Illiuchin-62, pousou no meio da pista e não no início da mesma, como deveria ter feito, saiu e se chocou contra um muro.
Nove dos 13 tripulantes mortos eram do Cazaquistão, e os outros quatro eram iranianos, afirmou Jafarzadeh, destacando que os três passageiros mortos também eram iranianos. "O avião transportava 153 passageiros, e 31 foram feridos no acidente. O aparelho pertencia ao Cazaquistão, e havia sido fretado pela Aria Airlines", explicou. No entanto, a Rússia disse ter perdido três de seus cidadãos no acidente e afirmou que há na verdade 17 vítimas. "Dezessete pessoas morreram, entre elas três cidadãos russos", declarou o ministério russo das Relações Exteriores em comunicado.
De acordo com Moscou, 30 pessoas ficaram feridas, entre as quais um russo hospitalizado em Mashhad. "Escutamos um forte estrondo, o avião desviou subitamente de sua trajetória e a única coisa de que me lembro é de ver pessoas rezando", declarou à TV pública um sobrevivente da catástrofe, com a cabeça toda enfaixada. Outra ferida ressaltou que moradores dos arredores do aeroporto foram os primeiros a socorrer as vítimas no local do acidente.
O diretor geral da Aria Airlines, Mehdi Dadpey, está entre os mortos, informou a imprensa iraniana.
O acidente aconteceu menos de dez dias após o de um Tupolev-154 da Caspian Airlines que fazia a ligação entre Teerã e Erevan e que caiu no dia 15 de julho no norte do Irã, matando os 153 passageiros e 15 tripulantes que estavam a bordo. Segundo as autoridades, o drama foi provocado por um problema técnico.
O Irã registrou várias catástrofes aéreas nos dez últimos anos. Sua frota aérea civil e militar é vetusta, e as sanções impostas pelos Estados Unidos depois da revolução islâmica nos anos 80 prejudicam a manutenção dos aparelhos.