TEERÃ - Os chefes da oposição iraniana pediram neste sábado (25/7) aos dignitários religiosos que ponham fim à "repressão" conduzida pelas autoridades desde as manifestações consecutivas à contestada eleição presidencial de 12 de junho.
O comunicado comum dos líderes opositores foi publicado no mesmo dia em que dois jornais reformistas anunciaram a morte em detenção de um jovem iraniano preso durante uma manifestação contra a reeleição do presidente Mahmud Ahmadinejad.
"Esperamos que vocês, os mais altos dignitários religiosos, lembrem às autoridades as consequências nocivas do desrespeito da lei, e impeçam elas de seguir adiante com a repressão na República Islâmica", diz o texto assinado pelos ex-candidatos à eleição presidencial Mir Hossein Moussavi e Mehdi Karubi e pelo ex-presidente reformista Mohammad Khatami.
O comunicado foi publicado no site Ghalamnews, de Moussavi, e no do partido de Karubi, o Etemad Melli. Os dois homens denunciaram fraudes em grande escala na eleição de 12 de junho e consideram que o novo governo de Ahmadinejad não tem nenhuma legitimidade.
Centenas de milhares de pessoas foram às ruas para contestar a reeleição de Ahmadinejad, na mais grave crise da história da República Islâmica. Pelo menos 20 pessoas morreram durante os distúrbios.